Vacina e exame preventivo são formas de combater câncer de colo do útero
Terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, o tumor no colo do útero deve atingir mais de 17 mil mulheres entre 2023 e 2025, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O número representa um índice de 15,38 ocorrências a cada 100 mil mulheres. Na análise regional, o Centro-Oeste é a terceira região com a maior incidência de casos. Diante do cenário, a campanha Janeiro Verde Piscina coloca a doença sob os holofotes e destaca a prevenção e vacinação como principais meios de combate.
O câncer de colo do útero leva anos para se desenvolver e em mais de 90% dos casos é causado pela infecção persistente do papilomavírus humano (HPV). O diagnóstico é feito por exames de rotina, principalmente pelo chamado Papanicolau.
Disponível nas UBSs, o exame Papanicolau é uma das formas de se diagnosticar o câncer de colo do útero | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF
Na rede do Distrito Federal, o exame preventivo está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de referência. Basta agendar a consulta com o médico da família. Um caminho também possível são os ambulatórios de ginecologia, onde os atendimentos ocorrem mediante encaminhamento das UBSs, mas apenas de pacientes com queixas e/ou exames clínicos e de citologia alterados.
Outra medida importante é a imunização contra o HPV. Implementada no calendário vacinal pelo Ministério da Saúde em 2014, hoje as doses são voltadas a meninas e meninos de 9 a 14 anos. A proteção está disponível nas UBSs e envolve duas doses, com intervalo mínimo de 6 meses entre cada uma. Vale ressaltar que a vacina, contudo, não isenta as mulheres sexualmente ativas de realizarem o exame preventivo de colo de útero.
O contato sexual é a principal via de contágio do HPV | Foto: Mariana Raphael/ Agência Saúde-DF
Referência técnica distrital em mastologia da Secretaria de Saúde (SES-DF), Farid Buitrago chama a atenção para a principal via de contágio do HPV: o contato sexual. “A prevenção do câncer no colo do útero está diretamente relacionada à diminuição do risco de contaminação do vírus, que ocorre pelo contato direto com a pele ou com a mucosa infectada. Portanto, o ato sexual continua sendo um meio significativo de contágio. Nesses casos, o uso de preservativo é altamente recomendado”, adverte.
Sinais de alerta
Inicialmente, a maior parte dos casos de câncer de colo do útero não apresenta sinais. Quando aparecem, os sintomas mais relevantes costumam ser: sangramento irregular ou menstrual mais prolongado; sangramento e secreção vaginal anormal; sangramento após a relação sexual; e/ou dores durante a relação. Em situações mais avançadas, a lista se estende ao inchaço nas pernas, problemas ao urinar ou evacuar, além de sangue na urina.
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O tratamento depende do caso e do “estadiamento”, isto é, do grau de disseminação. Devido ao avanço da medicina, a cura hoje é possível por meio da radioterapia, sem necessidade de intervenção cirúrgica. No DF, o procedimento é realizado em vários hospitais da rede.
Em 2023, até novembro, foram realizadas 133 operações relacionadas ao câncer de colo do útero na rede do DF. A maior parte, que corresponde a 73 cirurgias, é relativa à histerectomia total, que consiste na retirada completa do útero e do colo do útero.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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