Subadutora no Gama vai garantir água a mais de 340 mil moradores do DF

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A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) executa uma das mais importantes obras para garantir a segurança hídrica e a normalidade do abastecimento de água no DF: a construção da Subadutora de Água Tratada (SAT) Gama. É uma rede subterrânea com tubulações em ferro fundido com 25,5 km de extensão, dos quais 24,5 km já foram concluídos. A SAT Gama vai aliviar o Sistema Torto-Santa Maria, hoje responsável pelo abastecimento de 11% da população do Distrito Federal.

Os dutos da SAT Gama estão sendo implantados ao longo da BR-251 e da DF-001, saindo do reservatório do Gama e chegando até os reservatórios do Lago Sul e do Jardins Mangueiral, em São Sebastião | Foto: Divulgação/Caesb

A rede vai captar água da Estação de Tratamento de Água (ETA) Corumbá, em Goiás, para abastecer as regiões administrativas de São Sebastião (incluindo o Jardins Mangueiral e Alto Mangueiral, além da Penitenciária da Papupa), Jardim Botânico, Lago Sul, Paranoá e Itapoã, beneficiando 340 mil habitantes. Os investimentos somam R$ 92 milhões, com conclusão prevista para o final do primeiro semestre de 2025.

“Ao interligarmos os sistemas, a Caesb reduzirá substancialmente os problemas que os moradores dessas regiões administrativas enfrentam durante a estiagem, quando o fornecimento de água é prejudicado com a redução do nível dos rios que abastecem essas cidades”

Luís Antônio Reis, presidente da Caesb

Quando entrar em operação, o sistema SAT Gama vai aumentar o fornecimento e garantir o abastecimento de água na região Leste do DF, beneficiando principalmente comunidades que mais sofrem no período da seca. É o caso dos bairros Morro da Cruz, Mangueiral, Tororó e o novo loteamento Aldeias do Cerrado, que o Governo do Distrito Federal está implantando no Núcleo Rural Nova Betânia, no Jardim Botânico.

“Ao interligarmos os sistemas, a Caesb reduzirá substancialmente os problemas que os moradores dessas regiões administrativas enfrentam durante a estiagem, quando o fornecimento de água é prejudicado com a redução do nível dos rios que abastecem essas cidades”, ressaltou o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. “Essa obra é fundamental e estratégica para melhorar ainda mais a qualidade de vida do Distrito Federal”.

Até 2027, a Caesb investirá R$ 2,8 bilhões em obras, dos quais R$ 500 milhões já estão sendo aplicados em diversas obras em 2024 e em novos projetos previstos para 2025

Dimensão da obra

A SAT Gama foi projetada para não prejudicar o trânsito e não causar impactos ambientais na região. Os dutos estão sendo implantados ao longo da BR-251 e da DF-001, saindo do reservatório do Gama e chegando até os reservatórios do Lago Sul e do Jardins Mangueiral, em São Sebastião. Os tubos de ferro fundido, num total de 25,5 km, têm entre 600 mm e 900 mm de diâmetro, permitindo uma vazão de 700 litros de água por segundo.

Além da rede subterrânea, a Caesb está construindo 47 caixas de descargas e ventosas, sendo que 27 estão prontas e três em andamento. Ainda está prevista a implantação uma travessia metálica sobre a rede ferroviária federal. A última etapa é a interligação com a Adutora Corumbá. Na fase final dessa obra, serão interligados a Corumbá os sistemas Gama e Descoberto.

O Sistema Corumbá, inaugurado em abril de 2022, em parceria com o Governo do Estado de Goiás, permitiu a captação de água no reservatório de Corumbá IV. Com isso, foi possível preservar o volume do Rio Descoberto e aumentar o abastecimento de água no DF. O Descoberto abastece com 1.400 litros por segundo os habitantes de cinco cidades da região Sul do DF: Santa Maria, Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Park Way.

Investimentos em saneamento

Até 2027, a Caesb investirá R$ 2,8 bilhões em obras, dos quais R$ 500 milhões já estão sendo aplicados em diversas obras em 2024 e em novos projetos previstos para 2025. Além desses recursos, mais R$ 312 milhões serão investidos na modernização de seis estações de tratamento de esgoto, na geração de energia limpa e na redução de perda de água.

Esses recursos virão do KfW – Kreditanstalt für Wiederaufbau, o banco de desenvolvimento da Alemanha. O contrato foi assinado no último dia 14 de outubro pelo presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, e pela diretora do KfW para América Latina e Caribe, Claudia Arce, em Frankfurt. As obras começam no primeiro semestre de 2025.

*Com informações da Caesb

 

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