Saiba por que o vape gera mais riscos à saúde cardíaca dos homens

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Um estudo realizado pela Universidade McGill, no Canadá, revelou que o uso de vape, para além dos inúmeros prejuízos para o bem-estar do organismo de todas pessoas que utilizam, representa um risco ainda maior à saúde cardíaca dos homens.

Neste domingo (29/9), quando se celebra o Dia Mundial do Coração, a coluna conversou com o cardiologista Thiago Germano, que explicou como os fatores biológicos e comportamentais geram um impacto maior ao sistema cardiovascular de homens, quando comparado às mulheres.

Riscos cardiovasculares do vape para homens

A venda e a propaganda dos cigarros eletrônicos, popularmente conhecido como vape, é proibida no Brasil desde 2009

De acordo com Germano, a nicotina presente nos líquidos dos cigarros eletrônicos é a principal responsável por aumentar a pressão arterial e a frequência cardíaca. “A ativação do sistema nervoso simpático provocada pela nicotina leva à constrição dos vasos sanguíneos, o que resulta no aumento da pressão arterial. O uso crônico desses dispositivos pode contribuir para o desenvolvimento de hipertensão e sobrecarga do coração”, alerta.

Quando se trata dos prejuízos ao coração dos homens, o especialista esclarece que essa diferença de risco pode estar relacionada a fatores biológicos, como a maior predisposição dos homens a inflamações vasculares, além do fato de, em média, eles utilizarem doses mais altas de nicotina por períodos prolongados.

“Além disso, as mulheres têm o estrogênio, que oferece uma certa proteção ao sistema cardiovascular, o que pode explicar essa disparidade nos riscos”, complementou o cardiologista.

A gordura alojada nas artérias impedem a passagem do sangue

Outro aspecto abordado pelo médico é em relação ao uso dos cigarros eletrônicos e ao desenvolvimento de aterosclerose – o acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias.

“O uso regular de cigarros eletrônicos provoca inflamação nos vasos sanguíneos e promove o aumento do colesterol LDL, o ‘colesterol ruim’, que se acumula nas artérias, acelerando o processo aterosclerótico, e que pode aumentar significativamente o risco de infarto do miocárdio e derrames”, afirma Germano.

O especialista ainda alerta sobre as desvantagens do uso dos cigarros eletrônicos em relação ao desempenho físico dos usuários, por conta da maior dificuldade para a oxigenação eficiente dos músculos e outros tecidos durante o exercício. “Isso ocorre devido ao efeito da nicotina na vasoconstrição e na redução da capacidade pulmonar, afetando a resistência”, reflete.

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