Lira tem favorito no PT para nova vaga no TCU

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Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) tem um favorito entre os petistas para a próxima vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), a ser indicada pela Casa. De acordo com interlocutores, a preferência é pelo atual líder do PT, o deputado Odair Cunha (MG).

A garantia de uma indicação a ministro do TCU foi negociada pelo PT para apoiar o sucessor de Lira na Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). O apoio foi oficializado na última quarta-feira (30/10) e deu a Motta o favoritismo para comandar a Casa a partir de 2025.

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Deputado Odair Cunha, atual líder do PT na Câmara

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann

Lula Marques/ Agência Brasil

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O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE)

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara, Arthur Lira

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Além de Odair Cunha, outros dois nomes do PT na Câmara são cotados para o posto. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR), e o líder do governo na Casa, José Guimarães (CE).

Gleisi, porém, não dispõe de boa relação com o Centrão. Os parlamentares a consideram rígida em relação às ideologias do PT.

Já Guimarães tem boa relação com Lira e com o Centrão, mas é cotado para assumir um ministério ou o comando do PT a partir de 2025, uma vez que o mandato de Gleisi à frente da legenda acaba em junho do ano que vem.

Vaga no TCU é “prêmio” para deputados

A Câmara deve indicar duas vagas para a Corte de Contas. Como mostrou a coluna, ambas seriam colocadas na mesa de negociações pela sucessão de Lira. Enquanto uma ficará com o PT, a outra deve consolar os partidos insatisfeitos com a candidatura de Motta.

A primeira será a de Aroldo Cedraz, que completa 75 anos e se aposentará compulsoriamente em 2026. A outra é de Augusto Nardes, que deve antecipar sua aposentadoria para se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul pelo PL nas próximas eleições.

O posto de ministro do TCU é o sonho de muitos deputados e senadores. A vaga é considerada uma “aposentadoria antecipada”, uma espécie de “pijama dourado”.

Ocupar uma cadeira de ministro dessa Corte significa ter direito constitucional a “garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens aos Ministros do Superior Tribunal de Justiça”. Ou seja, o indicado terá um dos salários mais altos do serviço público e contará, também, com foro especial no Supremo Tribunal Federal (STF), ao mesmo tempo em que se mantém longe dos holofotes.

O TCU funciona como um órgão de assessoramento do Poder Legislativo, com atribuição de controle externo. Sua função é avaliar a prestação de contas do presidente da República, realizar inspeções e auditorias por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou de comissão técnica ou de inquérito.

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