Filipe Martins e Tércio Arnaud: quem são os ex-assessores diretos de Bolsonaro indiciados
A Polícia Federal (PF) concluiu, nesta quinta-feira (21), o inquérito que apurava a tentativa de golpe de Estado no país após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. No documento, a PF pede o indiciamento de 37 pessoas.
Entre elas, estão os ex-assessores diretos de Bolsonaro Filipe Martins e Tércio Arnaud. Além do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, sigla de Bolsonaro.
Ambos ex-assessores foram integrantes do chamado “Gabinete do Ódio”, nome dado ao grupo de comunicação comandado pelo vereador e filho do ex-presidente Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
A estrutura supostamente funcionava dentro do Palácio do Planalto, durante a gestão Bolsonaro, para espalhar notícias falsas e atacar adversários do ex-presidente.
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Filipe Garcia Martins
O nome de Filipe Garcia Martins ganhou notoriedade durante a pandemia do Covid-19 por ser acusado de racismo ao fazer um suposto gesto supremacista em sessão do Senado em março de 2021.
Martins ficou preso preventivamente por seis meses, alvo da Operação Tempus Veritatis, por supostamente ter deixado o país no avião presidencial de Jair Bolsonaro que deixou Brasília rumo aos Estados Unidos no dia 30 de dezembro de 2022.
Agora, o ex-assessor e ex-integrante do “Gabinete do Ódio” volta ao noticiário como integrante da lista de indiciados pela PF no inquérito que apurava a tentativa de golpe de Estado no país após a eleição de Lula.
Nas redes sociais, Martins se apresenta como professor de Política Internacional, analista político e Assessor Especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República.
Tércio Arnaud Tomaz
Tércio Arnaud Tomaz também foi um dos pilares do “Gabinete do Ódio” e já teve seu celular, tablet e um notebook apreendido durante a segunda fase da operação “Vigilância Aproximada”, que investigava o esquema da “Abin Paralela”.
Ele foi assessor de Bolsonaro e cuidava das suas redes sociais logo no começo da gestão.
Relembre 8 de Janeiro
Em 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram a sede dos Três Poderes, em Brasília.
O ato ocorreu como forma de contestar o resultado das eleições presidenciais de 2022. À época, o governo federal decretou intervenção na segurança do Distrito Federal, e mais de 1.800 pessoas foram detidas nos dias seguintes à invasão.
As investigações buscaram identificar financiadores e grupos organizados nas redes sociais para planejar os ataques. Bolsonaro também passou a ser investigado após evidências de que incentivou discursos golpistas.
O STF aceitou denúncias contra centenas de envolvidos por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito. Dezenas de réus já foram condenados.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Filipe Martins e Tércio Arnaud: quem são os ex-assessores diretos de Bolsonaro indiciados no site CNN Brasil.