Fevereiro Laranja abre campanha de conscientização sobre a leucemia

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Por ser um câncer nas células sanguíneas da medula óssea, geralmente de origem desconhecida, em sua maioria nos glóbulos brancos, a leucemia ainda é muito temida por grande parte da sociedade. Segundo o chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do Hospital de Base (HBDF), Luiz Henrique Ramos, a doença afeta crianças e adultos no mundo todo.

 

Campanha tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre a doença e o devido tratamento | Foto: Alberto Ruy/IgesDF

“As leucemias podem ser divididas em agudas e crônicas”, explica. “No caso das leucemias agudas, tema do Fevereiro Laranja, ocorre uma falha do órgão responsável pela produção das nossas células, denominado medula óssea, decorrente de um ou mais erros genéticos. Sendo assim, as vias de sinalização de produção ficam comprometidas, gerando excesso de produção de células chamadas brancas, parada de maturação e falha de produção de hemácias e plaquetas.”

Sinais

“O tratamento envolve quimioterapia, além do transplante de medula óssea em alguns tipos de casos”

Luiz Henrique Ramos, chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do HBDF

De acordo com o médico, uma pessoa com leucemia aguda pode apresentar sinais e sintomas de anemia, como fraqueza extrema, palidez, tontura e taquicardia, além de sangramentos e infecções devido à imunidade baixa.  “Milhares de novos casos são diagnosticados todos os anos, e a campanha do Fevereiro Laranja tem o objetivo de aumentar o conhecimento e a informação essencial sobre a doença, detalhando os seus sintomas e sobre como funciona o tratamento”, pontua.

Ele aponta o Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do HBDF como referência da Secretaria de Saúde (SES-DF) para o tratamento deste tipo de doença, que tem vários subtipos. “O tratamento envolve quimioterapia, além do transplante de medula óssea em alguns tipos de casos”, detalha. “Muitas vezes, é necessário realizar transfusão de sangue, uso de antibióticos e medicamentos para controle de efeitos colaterais. O paciente permanece internado uma parte do tempo, além de ter retornos ambulatoriais recorrentes, com um tempo mínimo de acompanhamento de cinco anos”.

Com a aprovação da ampliação dos serviços do HBDF, unidade poderá incluir transplante de medula óssea no atendimento

Em outubro de 2024, o Colegiado de Saúde da SES-DF aprovou a ampliação da carteira de serviços do HBDF, que agora poderá incluir o transplante de medula óssea em sua estrutura de atendimento, inicialmente na modalidade autóloga (procedimentos que usam material do próprio corpo do paciente).

“A medida representa um avanço no atendimento a pacientes com doenças hematológicas graves, como cânceres do sangue, além de outras patologias em que o transplante é indicado para controle ou cura”, reforça Luiz Henrique Ramos.

Infusão

O novo Centro de Infusão Verinha, inaugurado em novembro do ano passado, tem um papel fundamental nesse cuidado. Os pacientes recebem os quimioterápicos em um ambiente moderno e confortável, acompanhados por profissionais de enfermagem e médicos. O Centro de Infusão Verinha atende uma média diária de 45 pacientes da hematologia.

“Apenas em dezembro de 2024, tivemos 157 pacientes de primeira consulta com diagnóstico de leucemia”, relata Larissa Dias, chefe de Serviço de Enfermagem do Ambulatório Onco-Hematológico do HBDF. “No mesmo mês, tivemos aproximadamente 50 pacientes de leucemia realizando tratamento de quimioterapia no Centro de Infusão.”

O Fevereiro Laranja é um momento para levantar a discussão sobre o tema. “Apesar de ser um assunto que muitas vezes é mostrado em novelas e filmes, o estigma da leucemia precisa ser mais bem-esclarecido para a população”, sinaliza Luiz Henrique. “Cada paciente deve ser visto e tratado de forma individual, com o melhor protocolo para seu subtipo de doença”.

*Com informações do IgesDF

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