Damares: Se Lula não afastar Silvio Almeida, vai soar como conivência

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Ex-minista dos Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) cobrou, nesta quinta-feira (5/9), o afastamento do atual titular da pasta no governo Lula, Silvio Almeida.

A cobrança tem como base as denúncias de supostos episódios de assédio sexual de Almeida contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reveladas pela coluna Guilherme Amado, no Metrópoles.

“Outra alternativa não resta ao presidente Lula, neste exato momento, a não ser o afastamento imediato deste ministro. Imediato”, afirmou Damares à coluna.

A senadora lembrou que, quando Pedro Guimarães, então presidente da Caixa Econômica Federal do governo Bolsonaro, foi alvo de acusações de assédio sexual, ela também recomendou o afastamento do executivo.

“A mesma coisa que eu falo para o presidente Lula: afastar esse homem imediatamente, o assédio sexual é um dos crimes que nós não podemos jamais aceitar de ninguém, especialmente de uma pessoa num cargo de poder e decisão como ele. Se Lula não afastar ele, vai soar como convivência”, declarou.

Damares disse ter se “assustado” ainda com notícia da coluna que revelou que os supostos assédios de Almeida já eram de conhecimento de vários outros ministros e auxiliares de Lula.

“Então quer dizer que esse governo todo é conivente com assédio sexual? Os ministros já sabiam e nunca denunciaram?”, criticou a senadora do Distrito Federal.

Entenda a denúncia

Conforme a  reportagem, a organização Me Too Brazil, que acolhe vítimas de violência sexual, foi procurada por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados pelo ministro dos Direitos Humanos.

A coluna procurou o Me Too Brasil após uma investigação de dois meses sobre a suposta prática de assédio sexual por Almeida contra Anielle e outras mulheres.

Anielle não quis comentar os relatos sobre o suposto assédio contra ela. Procurado, Silvio Almeida não respondeu à coluna.Segundo o Me Too, as mulheres que denunciaram Almeida pediram anonimato.

Indagado se uma dessas denunciantes foi a ministra, o Me Too afirmou que não poderia confirmar, por não compartilhar informações das vítimas sem o consentimento delas.

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