Chefe do Hezbollah diz que Israel e EUA terão “resposta inevitável”

Os assassinatos consecutivos de dois líderes extremistas no Oriente Médio fizeram com que os discursos contra Israel e os Estados Unidos ficassem mais violentos, principalmente pelo lado do Hezbollah.
Durante o funeral de um desses comandantes, o líder do grupo libanês afirmou que a guerra contra Israel entrou em uma “nova fase”. E pediu vingança, repetindo a palavra mais repetida nos últimos dias na região.
“O inimigo, e aqueles que estão por trás do inimigo, devem aguardar nossa resposta inevitável. Vocês não sabem quais linhas vermelhas cruzaram”, apontou Hassan Nasrallah, líder do do grupo libanês, em Beirute, durante o funeral de Fuad Shukur, referindo a Israel e EUA.
Shukur era comandante sênior do grupo libanês, considerado o segundo maior nome da associação. O militante morreu durante ataque israelense. O mesmo resultou na morte de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, poucos dias depois.
Combatentes do Hezbollah carregam caixão
No caso do funeral de Shukur, combatentes libaneses desfilaram com o caixão em ruas lotadas. Fotos de Haniyeh também foram exibidas. Líderes dos dois grupos ficaram lado a lado para prestar as últimas homenagens.
“Eles têm que revidar. No mínimo, eles precisam atacar Tel Aviv. E não temos medo de uma guerra, já passamos por isso antes”, disse o empresário Hisham Shahrour, em declaração ao jornal britânico The Guardian.
No dia anterior, durante o funeral de Ismail Haniyeh, a vingança também deu o tom. O líder do Hamas foi morto horas depois de participar da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
Em um dos discursos, Mohammad Bagher Ghalibaf, porta-voz parlamentar conservador, afirmou queo Irã “certamente executará a ordem do líder supremo” para vingar Haniyeh. “É nosso dever responder na hora certa e no lugar certo”, se exaltou, enquanto uma multidão repetia os gritos e “Morte a Israel, Morte à América!”.
O líder supremo da República Islâmica do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, fez as orações de despedida de Haniyeh. Segundo ele, é dever do país “buscar vingança por seu sangue, pois ele foi martirizado no território da República Islâmica do Irã”.