Após operação, governo exonera delegado investigado por espionagem da Abin

O Ministério da Justiça exonerou o delegado da Polícia Federal Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho do cargo de coordenador de Aviação Operacional, setor responsável pelas ações aéreas da PF.

O delegado é suspeito de ter feito parte da “Abin paralela”, que supostamente praticou monitoramentos ilegais contra adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A dispensa foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (26).

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Carlos Afonso ocupava o cargo de chefia na PF desde outubro do ano passado. Nesta quinta-feira (25), o delegado foi alvo de busca e apreensão na investigação de monitoramento ilegal pela ferramenta First Mile. O STF também determinou o afastamento das funções públicas.

“As apurações internas, conforme comprovado pela Polícia Federal, realizadas sobre a utilização da solução tecnológica na Abin, teriam sido obstadas por interferência dos “delegados de entonces”, identificados como Alexandre Ramagem Rodrigues (ex-diretor-geral da Abin), e Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho (ex-secretário de Planejamento e Gestão e ex-diretor-adjunto)”, diz a PF em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a Polícia Federal, “a alta gestão da agência, especificamente Ramagem e Carlos Afonso, interferiu nas apurações disciplinares para que não fosse divulgada a instrumentalização da Abin”.

À CNN, Ramagem negou qualquer irregularidade durante seu período à frente da Abin e monitoramento ilegal. A reportagem não encontrou a defesa do delegado Carlos Afonso.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Após operação, governo exonera delegado investigado por espionagem da Abin no site CNN Brasil.

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