Após assassinato de ganhador da Mega, prêmio de R$ 52 milhões dobrou
A fortuna de Renê Senna, assassinado em janeiro de 2007 após ganhar R$ 52 milhões na Mega-Sena, dois anos antes de sua morte, mais do que dobrou após 19 anos: o montante já virou mais de R$ 100 milhões. Aplicações financeiras e correção monetária justificam o aumento.
Em maio de 2006, Renê comprou uma fazenda por cerca de R$ 9 milhões. Após sua morte, a propriedade foi abandonada e chegou a ser saqueada. Dezesseis anos depois, a Justiça autorizou o leilão do imóvel, com a a indicação de que o dinheiro arrecadado fosse entregue a Renata Almeida Senna, filha de Renê.
Só com a correção monetária, até julho de 2024, qualquer valor teria sido reajustado em 239,4%. O cálculo é feito a calculadora do cidadão do Banco Central. Com isso, desde julho de 2005 até julho de 2024, R$ 43 milhões – o que sobrou do valor após a compra da fazenda – corrigidos equivaleriam a R$ 145,9 milhões.
Herança da Mega em disputa
A herança de Renê Senna já foi disputada por 11 pessoas: a filha, a viúva, oito irmãos e um sobrinho do ganhador da Mega-Sena.
A viúva, Adriana Almeida, foi apontada pelas autoridades como a mandante do crime, supostamente motivada pela herança. A mulher foi condenada a 20 anos de prisão e saiu do páreo.
Com a decisão da 1ª Vara Cível de Rio Bonito, na última terça-feira (30/7), de negar um pedido de restauração da vigência de um testamento, registrado em cartório em 2 de setembro de 2005, os oito irmãos e um sobrinho saem temporariamente do páreo.
O documento dividia a fortuna entre 50% pertencente aos nove e os outros 50% do dinheiro com a filha do lavrador.
Renata Almeida Senna, filha de Renê é, agora, a única herdeira do montante. Entretanto, o representante dos oito irmãos e do sobrinho de Renê já anunciou que entrará com um recurso de apelação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).