Metrópoles entrevista ministro Paulo Pimenta. Siga ao vivo
Paulo Pimenta tornou-se uma espécie de “superministro” do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se antes ele já era responsável por uma pasta de fundamental importância, a Secretaria de Comunicação, com as enchentes no Rio Grande do Sul, o papel dele aumentou.
Pimenta assumiu o cargo secretário extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. Ele faz um balanço positivo dos trabalhos feitos até agora e fala do futuro do estado.
Nesta segunda-feira faz dois meses que as chuvas causaram a tragédia no Rio Grande do Sul.
E o colunista do Metrópoles Igor Gadelha entrevista o ministro ao vivo para falar deste e de outros assuntos.
Veja:
Leia trechos da entrevista:
Rio Grande do Sul
“A situação do estado do Rio Grande do Sul ainda é uma situação muito delicada, é uma situação muito crítica. Nós enfrentamos no estado do Rio Grande o mais grave, o mais devastador, desastre meteorológico, climático, não só da história do Brasil. Nós tivemos quase 2,5 milhões de pessoas atingidas. Isso é o tamanho de muitos países. 450 municípios foram atingidos, 95 cidades em situação de calamidade pública”, relata o ministro.
“Naturalmente que isso tem um reflexo humanitário enorme. No determinado momento, nós chegamos a ter mais de 500 mil pessoas fora de casa, mais de 80 mil pessoas dos abrigos, mas temos também um outro capítulo enorme que diz respeito à atividade econômica do estado, a manutenção dos empregos. A consequência que essa enchente e da forma como ela ocorreu, impactou a atividade econômica do Estado do Rio Grande do Sul, porque ela foi muito intensa na região metropolitana, que é a região mais industrializada, que a região de maior concentração populacional. Então, o trabalho de reconstrução do estado do Rio Grande do Sul é um trabalho muito duro, muito difícil, e nesses dois meses, evidentemente, que nós fizemos muita coisa, mas eu não tenho nenhuma dúvida de que é um trabalho que vai exigir muito do poder público e da sociedade”, segue Pimenta.
“O governo federal já disponibilizou mais de R$ 100 bilhões [para lidar com a catástrofe]. Isso envolve desde recursos, que nós abrimos mão do pagamento da dívida do estado, para que o estado possa colocar esse recurso no fundo de reconstrução, recursos de transferência direta para as pessoas atingidas. Para que vocês possam ter uma ideia, o presidente Lula criou um auxílio, que a gente chama de auxílio de reconstrução, de R$ 5.100 para cada família que foi atingida, ou pela enchente ou deslizamento, para que essas famílias possam comprar um básico para dentro de casa. Nós já pagamos esse auxílio para mais de 250 mil famílias. E acredito que ainda vamos pagar para mais. Para talvez mais cento e cinquenta mil. Só isso aí foi R$ 1,3 bilhão”, disse o ministro.
“Nós vamos pagar dois meses de salário mínimo para todas as empresas da chamada mancha de inundação. Elas podem se habilitar para receberem esse auxílio para manutenção dos empregos. Além da transferência direta para os municípios, o recurso para a área da agricultura, do financiamento de dívidas, antecipação de benefícios. Só de antecipação de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, a gente autorizou que os trabalhadores e trabalhadoras que residem nessas áreas atingidas possam sacar até R$ 6,2 mil. Quase um milhão de pessoas sacaram fundo de garantia”, continua Pimenta.