Boulos critica Nunes por associá-lo a post do MTST: “Terrorismo moral”
São Paulo — Pré-candidato à prefeitura paulistana, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) criticou, neste sábado (30/3), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) por associá-lo à publicação feita pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) na Sexta-Feira Santa.
O post do MTST continha uma montagem de Jesus Cristo crucificado acompanhada da frase “bandido bom é bandido morto”, proferida por três soldados romanos. A afirmação é uma referência a grupos conservadores que defendem penas mais duras a criminosos.
Nunes e outros pré-candidatos à Prefeitura associaram a publicação a Boulos, que despontou na política como um dos líderes do MTST. O prefeito disse que a postagem era “um sacrilégio” e que a “turma do Boulos só ataca a tudo e a todos”.
Em resposta, Boulos afirmou que Nunes distorceu o sentido da postagem e classificou a trajetória política do adversário como “longe de ser a do cristão exemplar que tenta vender”.
“Ricardo Nunes tirou a Sexta-feira Santa para distorcer o post de um movimento social e criar terrorismo moral. Isso mostra que sua aliança com o bolsonarismo não é apenas eleitoral. É de princípio e de método. Sem contar que sua trajetória pessoal e política está longe de ser a do cristão exemplar que tenta vender. Já vimos esse filme em 2022. E a verdade prevaleceu sobre as fake news. Será assim novamente nas eleições deste ano”, escreveu Boulos.
A postagem foi alvo de críticas dos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP), do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e de Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação de Jair Bolsonaro (PL).
O MTST também respondeu às criticas nas redes sociais: “A falta de interpretação da imagem e da mensagem desse post é de se impressionar”, disse o grupo na noite de sexta-feira.