Atropeladas, esfaqueadas, queimadas: as vítimas de feminicídio de 2024

No ano passado, o Distrito Federal teve 23 mortes de mulheres classificadas como feminicídio. As vítimas foram queimadas, atropeladas, esfaqueadas e atacadas, na maioria dos casos, por homens com quem chegaram a se relacionar.
Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF). Dos 20 autores identificados por esses crimes, 16 estão presos e três morreram após o delitos.
De todos os casos, 12 ocorreram dentro da residência das vítimas, sete em áreas públicas e dois em terrenos abandonados. A maioria, por ciúmes.
Vítimas de feminicídio no DF, em 2024:
Tainara Kellen – 10/1
Diana Faria – 15/1
Antônia Maria da Silva Carvalho – 17/1
Milena Rodrigues – 25/1
Erica Maria de Jesus – 5/2
Simone Santos Ribeiro – 13/5
Daniella Di Lorena Pelaes – 25/5
Zely Alves Curvos – 31/5
Jainia Delfina de Assis – 15/6
Fernanda dos Santos Pereira – 17/7
Rosemeire Campos – 6/8
Juliana Barboza Soares – 20/8
Daíra dos Santos Rodrigues – 25/8
Thaynara Iorrana da Silva Matheus – 28/8
Paloma Jenifer Santos Ferreira – 30/9
Fabiane Araújo – 18/10
Jucelia dos Santos da Silva – 27/10
Denise Rodrigues de Oliveira – 11/11
Maria Mayanara Lopes Ribeiro – 14/11
Bertha Victoria Kalva Soares – 22/11
Nadiana da Costa Santana – 8/12
Keila Cristina Nascimento – 16/12
Relembre alguns dos casos
Tainara Kellen Mesquita da Silva foi a primeira vítima do ano. Ela foi assassinada com pelo menos seis tiros na frente da própria filha, de 5 anos, na tarde do dia 10 de janeiro. O autor do feminicídio foi o ex-marido. O caso ocorreu no Gama.
Um caso que ocorreu em maio e chamou a atenção dos brasilienses foi o de Zely Alves Curvo. Aos 94 anos, ela morreu dentro do próprio apartamento que foi atingido por um incêndio. Um dos filhos dela, o ex-médico Lauro Estevão Vaz, 64, virou réu em julho deste ano.
Em 20 de agosto, Juliana Barboza Soares foi atropelada três vezes pelo ex-companheiro. A filha e a mãe dela também chegaram a ser atingidas pelo autor do crime, mas sobreviveram. O homem segue preso aguardando julgamento.
O mais caso mais recente foi o de Bertha Victoria Kalva Soares. O corpo da assistente social foi achado em uma mata próximo ao carro dela que estava em chamas. O crime ocorreu em Ceilândia e o autor está preso.
Saiba como procurar ajuda
No DF, as delegacias disponibilizam seções de atendimento à mulher e o sistema tem cinco unidades do Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher (Nuiam), distribuídas na Deam I, Deam II e nas 11ª DP (Núcleo Bandeirante), 29ª DP (Riacho Fundo) e 38ª DF (Vicente Pires).
O registro de ocorrência pode ser feito na Polícia Civil (PCDF), por meio da Maria da Penha Online, plataforma que permite o envio de provas, como fotos e vídeos, e ainda o pedido de acolhimento. As denúncias também podem ser feitas pelo telefone 197, opção 0, e WhatsApp (61) 98626-1197.
Para casos de emergência, a orientação é ligar para a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), pelo número 190. Denúncias anônimas ainda podem ser feitas pelo Disque 180.