Vídeo: enfermeira diz que Cazuza aceitou Jesus antes de morrer

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Um dos maiores cantores e compositores da música brasileira, Cazuza morreu em julho de 1990 após um choque séptico foi causado pela AIDS. A vida de sucessos e polêmicas, no entanto, continua no imaginário popular mesmo após tanto tempo. Recentemente, voltou a circular uma história envolvendo uma enfermeira que cuidou o artista em seus últimos momentos.

De acordo com Ana Maria da Costa, a profissional da saúde que cuidou do cantor, nos últimos meses de vida, o cantor pediu para que ela lesse a Bíblia para ele em busca de uma possível “salvação”. Ela detalhou seu encontro e suas memórias ao lado de Cazuza em uma entrevista realizada em fevereiro, mas que vem ganhando destaque nos últimos dias.

“Eu conheci o Cazuza em 1990, 1989 pra 90, quando uma enfermeira me chamou pra ficar com um paciente, eu fazia muito plantão particular pra poder ganhar um dinheiro a mais. Uma amiga me convidou falando que tinha um plantão pra eu fazer. Era um domingo, e eu falei ‘Ah não, vou descansar’, não tava com vontade de ir, mas aceitei. Cheguei lá, o paciente era o Cazuza”, começou Ana Costa.

“Eu falei ‘Qual o problema? É um paciente como outro qualquer’. Entrei e ela [amiga] disse: ‘Vou te falar, é um paciente bem difícil, é um paciente com HIV positivo, ele tá em tratamento’. Fui no quarto, conheci o paciente, normal. Me apresentei e naquela noite foi muito difícil, foi complicada, e falei que não queria mais voltar”, lembrou.

Segundo ela, Cazuza era agressivo. “Ele era muito agressivo nessa época. Tinha que ter todo um cuidado, só que a nossa ‘briga’ era porque ele não dormiu, me xingou, foi uma batalha. Disse que não queria voltar, mas, ao mesmo tempo, ele era muito carinhoso, pediu desculpa e perguntou: ‘Aninha, você vai voltar?’. Ele me tratou tão bem, que não tinha como eu não voltar”.

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Ana Maria da Costa trabalhou com Cazuza em 1990

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Cazuza teve um irmão desconhecido

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Cazuza e Ney Matogrosso

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Ney Matogrosso e Cazuza

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O cantor nasceu em 4 de abril de 1958

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De acordo com Ana Costa, o cantor vivia entre momentos de carinho e mais agressivos, mas a relação entre elas foi ficando melhor com o tempo. “A coisa foi melhorando, mas eu também tinha gritado com ele, mas pedi desculpas à ele, a mãe. Foi bom, porque ele disse: ‘É dessas pessoas que eu gosto, não quero que ninguém tenha medo de mim’”, reforçou a enfermeira.

Palavra de Deus

Foi a partir daí, lembrou a enfermeira, que ela percebeu que tinha que levar a palavra de Deus a Cazuza. “O tempo foi passando e fui sentindo Deus falando comigo ‘Você precisa falar de Jesus pra essa pessoa, é um ser humano que precisa conhecer a verdade do evangelho’”, disse.

A enfermeira trabalhou com Cazuza por um ano e três meses, chegando a ir com o cantor para os Estados Unidos. “Um dia, eu vi muitas Bíblias lá, os fãs mandavam pra ele, e o Espírito Santo começou a me usar. Um belo dia, ele pediu pra eu ler a Bíblia pra ele. Fui lá e li Mateus, outros versículos também (…) Eu falei ‘Não posso te curar, mas Deus pode te curar, se for da vontade Dele’”, reforçou.

“Ele não sabia que eu era crente, e aconteceu dessa maneira”, comentou Ana Costa, que apontou que Cazuza se arrependeu dos seus pecados. “Vi ele chorando, pedindo a Deus mais tempo de vida. Nunca tinha visto um paciente com tanta sede de viver como ele. Continuei lendo a Bíblia pra ele, vi que foi um processo de arrependimento [dos pecados]. Ele tinha consciência de que fez coisas erradas”.

Essa não é a primeira vez que Ana Maria da Costa fala da sua relação com Cazuza e de como o cantor se abriu à religião. Ela chegou a escrever um livro sobre o artista, chamado Fiz Parte Desse Show, publicado em 1999.

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