Drenar DF recebe visita técnica de gestores do governo

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As obras do Drenar DF, maior programa de escoamento e captação de águas pluviais do Distrito Federal, já estão em fase final. De um total de 7,7 km de túneis projetados, 7,5 km foram executados. O objetivo dos túneis é facilitar o escoamento da água e reforçar a proteção dos anéis de aço corrugado que estruturam as galerias.

Liderados pela governadora em exercício, Celina Leão, nesta quarta-feira (13), representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) estiveram em um dos locais onde os serviços estão sendo executados para acompanhar o andamento dos trabalhos. Localizada dentro do Parque Urbano Internacional da Paz, a bacia de contenção às margens da L4 Norte terá a função de reduzir a pressão do volume de água que desemboca no Lago Paranoá e permitir que tanto a terra quanto o lixo arrastados pelas enxurradas possam decantar no fundo da lagoa, viabilizando a requalificação das águas pluviais captadas.

Celina Leão reforça que as obras do Drenar DF são de difícil execução, mas de grande necessidade | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

“O Governo Ibaneis Rocha tomou a decisão, junto com a Terracap, de fazer essa obra. Uma obra difícil de ser feita, porque é toda subterrânea e interna, mas uma obra tão necessária. Quando chove, principalmente na Asa Norte, é visível o problema que nós temos. É um governo que tem compromisso com o cidadão, compromisso de cuidar de vidas”, destacou a governadora em exercício.

Atualmente, os trabalhos se concentram na escavação de 126 metros de solo rígido entre a bacia e a via L2 Norte, e na escavação de 5 metros próximo ao Autódromo de Brasília.

José Humberto Pires de Araújo: “Esse pequeno pedaço que falta é exatamente onde está a maior dificuldade da escavação, já que se trata de um solo bastante rígido”

“Nós temos acompanhado os trabalhos todos os meses. Estamos com quase toda a obra concluída. Esse pequeno pedaço que falta é exatamente onde está a maior dificuldade da escavação, já que se trata de um solo bastante rígido. Mas as empresas estão trabalhando para vencer essa etapa e entregar a obra”, pontuou o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo.

Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Izidio Santos Junior, houve um aumento no efetivo da obra para finalizar os serviços o mais breve possível. “Nós temos um desafio nessa fase final porque o solo que necessita de escavação se assemelha a uma rocha. Mas estamos trabalhando para finalizar essa obra no menor tempo possível e entregar o Drenar para a população. Nesse trecho especificamente, nós abrimos mais frente de serviço. Sem esse aumento de efetivo, essa obra demoraria mais”, complementou.

Etapas

306

unidades de entrada de bocas de lobo são previstas no Drenar DF

O Drenar DF prevê a instalação de 306 unidades de entrada de bocas de lobo. Desse total, cerca de 190 já foram finalizadas. Todos esses pontos serão um reforço à rede de captação de águas já existente.

Dos 107 poços de visita (PVs) projetados, todos tiveram a escavação e montagem concluídas. As entradas de acesso à rede têm profundidade média de 11,32 metros, e algumas chegam a 21,3 metros de altura – o equivalente a um prédio de seis andares.

O programa é executado em etapas. A primeira abrange as imediações da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha), passando pelas quadras da Asa Norte 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando as W3 e W5 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da Via L2 Norte, chegando à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte.

A Terracap está com o projeto pronto para a segunda etapa, que compreende as quadras 4 e 5 até as quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16.

Parque Internacional da Paz

O parque que hospeda a lagoa ficará localizado no Setor de Embaixadas Norte, em frente ao Iate Clube, próximo à via L4. Com 5 mil m² de área livre, o espaço contará com esculturas e 249 árvores e arbustos, entre espécies para sombreamento, como magnólias-do-brejo, aroeiras-vermelhas e copaíbas, e frutíferas, a exemplo da aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira.

O projeto, desenvolvido pela Terracap em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e seguindo exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda inclui uma ciclovia de 1,1 km de extensão contornando o parque.

 

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